Em 28 de fevereiro, foi celebrado o Dia Internacional de Combate às LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). A data chama atenção para este problema que atinge milhões de brasileiros.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada em 2013, 3.568.095 pessoas com mais de 18 anos declararam ter recebido diagnóstico médico de LER/Dort. Esse número corresponde a 2,29% da população estimada pela pesquisa.
Apesar das conquistas normativas, as transformações do mundo produtivo levaram a terceirizações, intensificação e ritmo acelerado de trabalho. Os trabalhadores sofrem com metas inatingíveis, avaliações de desempenho com repercussões sobre a remuneração, humilhações, sensação de impotência e assédio moral. As consequências à saúde vêm dos desgastes físicos e psíquicos a que são submetidos os trabalhadores.
Neste cenário, os processos produtivos e de serviços que mantêm a exigência de movimentos repetitivos se destacam na ocorrência de LER/Dort e geram desgaste e ocorrência de doenças crônicas nos músculos e no esqueleto, sendo elas incapacitantes e acompanhadas de sofrimento e transtornos psíquicos.