DIA DO TRABALHO MAIOOs representantes do Sindecrep-SP compareceram no dia 03/05 ao Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT/SP) devido à ação de Dissídio Coletivo de Greve apresentada pelo sindicato patronal, e mais uma vez defenderam os interesses da categoria, demonstrando que se manterão firmes na luta pela manutenção dos direitos já conquistados, pela dignidade e respeito aos empregados das concessionárias, e que não vamos nos intimidar com as tentativas dos patrões em sonegar e retirar direitos e conquistas dos trabalhadores

Este processo foi motivado pelas paralisações de advertência do dia 30/04, organizadas pelo Sindecrep-SP, em conjunto com a Federação dos Empregados nas Empresas Concessionárias, nas rodovias Fernão Dias e Tamoios, com o objetivo de reivindicar a manutenção dos direitos já conquistados e pela dignidade e respeito aos companheiros e companheiras de categoria.

Nesta audiência, o patronal alegou, entre outras coisas, que houve um movimento grevista, que as negociações não evoluem por impasse criado pelo Sindecrep-SP e que pretende cláusula de paz para que os trabalhadores não criem prejuízos próprios, numa postura inaceitável de pressionar os empregados a não se manifestarem em busca de seus direitos.

Em resposta às alegações dos patrões, o Sindecrep-SP pediu a extinção do processo, afirmando que não houve greve da categoria, pois os empregados não abandonaram ou foram obrigados a abandonar seus postos de trabalho. Houve sim uma paralisação de advertência, não fazendo sentido solicitar um Dissídio de Greve.

Afirmou também que as manobras das empresas tem como objetivo principal amarrar as mãos do Sindicato e impedir a realização de greves ou qualquer movimento reivindicatório.

Ainda durante a audiência, o Ministério Público se manifestou favorável aos argumentos defendidos pelo Sindecrep-SP, opinando pela extinção do processo. Além disso, afirmou que não há possibilidade concreta de greve que justifique o pedido de dissídio coletivo, e mesmo se fosse o caso, somente poderia ser solicitado por cada empresa ou pelo Sindecrep-SP.

Vale dizer que o argumento dos patrões, afirmando que o Sindicato cria impasse nas negociações, não é verdadeiro. Estamos desde janeiro deste ano tentando acertar  acordos com as empresas, porém elas permaneceram irredutíveis e sem atender às principais reivindicações dos empregados.

Prova da intransigência das empresas está no fato que que, mesmo depois das paralisações, NENHUMA empresa procurou o Sindecrep-SP para negociar. Ao invés disso, a reação patronal foi apelar aos tribunais, tentando adiar ao máximo as negociações dos acordos coletivos para atender as reivindicações justas dos empregados.

Avisamos que vamos continuar a combater estas manobras das empresas. Queremos resolver a questão, nos mantemos abertos ao diálogo e disponíveis a negociar. Mas isso não significa aceitar prejuízos aos companheiros e companheiras de categoria.

Não vamos abrir mão dos direitos já conquistados e não vamos ceder nos pontos mais sensíveis e importantes aos trabalhadores. Continuaremos firmes e fortes na luta, até a vitória!