DIA INTERNACIONAL DA MULHER 24Em 2023, os feminicídios no Brasil explodiram, uma vez que foi registrado no ano passado o maior número de casos deste tipo desde que a lei que tipificou este crime foi sancionada, em 2015.


Como presidente, mulher e pertencente a uma categoria potencialmente feminina, lamento que nesta estatística o Sudeste, região a que fazemos parte, seja o lugar no país que apresentou o maior crescimento de feminicídios em comparação aos números de 2022.


Lamento ainda mais que a data de hoje precise ser utilizada como um momento para clamar por respeito, igualdade e para dizer não à violência contra a mulher.


Por isso, em nome de todas as companheiras da categoria e de toda a Diretoria do Sindecrep-SP, registramos nossa solidariedade às mulheres vítimas de violência.


Lembramos que não teremos nada o que celebrar enquanto mulheres estiverem sendo mortas ou agredidas, enquanto os salários dos homens forem maiores apenas por eles serem homens, enquanto essas mulheres não puderem andar pelas ruas em segurança.


Em relação à nossa categoria, lamentamos que usuários se sintam à vontade para agredir e intimidar colegas por serem mulheres, para arremessar moedas nas arrecadadoras ou avançar com seus veículos sobre as trabalhadoras que estão no apoio de pista.


As mulheres não são o sexo frágil, pois elas lidam com a selvageria diariamente no transporte coletivo, nos espaços públicos, algumas vezes no ambiente doméstico e até no local de trabalho.


Que o dia de hoje seja utilizado para reflexões, espaço de diálogo, debates e, principalmente, para que as pessoas se lembrem que o respeito à mulher deve ser uma bandeira de toda a sociedade.

 

Andréa Pineda - Presidente do Sindecrep-SP